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Bebê de cinco meses morre após ser esganado pelo próprio pai na Região Metropolitana de São Luís

Um bebê de cinco meses, identificado como Lucas Barbosa, morreu, na madrugada desta quarta-feira (22), após ser esganado pelo próprio pai, no bairro do Paranã I, na cidade de Paço do Lumiar, na Região Metropolitana de São Luís.

Após ser agredida pelo pai, a criança chegou a ser levada pelo próprio progenitor e pela mãe para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Maiobão, também em Paço do Lumiar, mas a criança já chegou no local sem vida.

Ao perceberem que o menino tinha sinais de maus-tratos, os profissionais da unidade hospitalar acionaram a Polícia Militar, que foi ao local e prendeu o pai do menino, identificado como Mirielton Silva Ferreira, 32 anos. Na delegacia, o homem confessou ter matado o bebê, que iria fazer seis meses de vida no próximo dia 26 de maio.

“Ao interrogar o suspeito, o pai da criança, ele acabou confessando que tinha sim praticado os maus-tratos, que tinha em certo momento, durante essas agressões, feito uma esganadura no pescoço da criança, que teria ocasionado o seu desfalecimento e depois, consequentemente, o óbito. E aí, numa tentativa de reverter o que teria ocasionado, teria levado essa criança na UPA, nas palavras dele, na esperança de rever o que tinha feito”, relatou o delegado Clarismar Campos, que é chefe do Departamento de Homicídios da Capital, da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), e está à frente das investigações.

O corpo de Lucas Barbosa ainda vai passar por perícia, para saber a real causa da morte e quais tipos de agressão o bebê sofreu.

“Numa questão dessa, nós precisamos do laudo do médico, do laudo do exame cadavérico, para que ateste todas as lesões, a extensão, a gravidade, para que a gente possa entender de verdade a extensão dessas lesões, as gravidades e quais as finalidades dela em relação ao autor. Se ele tinha a pura intenção de matar essa criança ou se ele tinha, além disso, uma intenção do abuso sexual em si”, explicou o delegado.

Após Mirielton Silva confessar o crime, ele foi autuado em flagrante por homicídio qualificado e encaminhado para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde ficará à disposição da Justiça.

A mãe da criança, que tem 27 anos de idade, também foi conduzida à delegacia, para prestar depoimento. Segundo as investigações, não há indícios de que ela tenha participado do crime, por isso, ela não foi presa nem autuada. No entanto, o caso continuará sendo investigado, para apurar se houve alguma tentativa, por parte da mulher, em encobrir o crime.

“Inicialmente não tem nada nessa investigação preliminar que aponte ela como uma coautora ou partícipe na situação da morte da criança, mas a gente não pode descartar a possibilidade de ela ter tentado encobrir a morte, por parte do seu companheiro, de ela ter tentado de alguma forma encobrir o que o seu companheiro tinha feito. Aí, no andar da investigação, nesse prazo que nós temos para concluir, ela vai revelar qual foi a dimensão da atuação ou omissão dela (a mãe) em relação ao óbito dessa criança”, desatacou o delegado.

Violência doméstica e desconfiança de paternidade

De acordo com a Polícia Civil, em depoimento, a mãe do bebê relatou que já havia sido vítima de ameaças e violência doméstica por parte do companheiro, inclusive sendo agredida quando estava grávida da criança, porém ela preferiu não informar as agressões à polícia.

Em depoimento, a mulher contou, ainda, que após engravidar do menino Lucas, ela chegou a se separar de Mirielton e se relacionar com outra pessoa. Depois ela voltou com o companheiro e ele passou a desconfiar que não era o pai do menino. Por causa disso, quando o bebê nasceu ele foi deixado pela mãe no hospital. Porém, a Vara da Infância localizou a mulher e providenciou um exame de DNA, que comprovou que Mirielton era pai do menino.

Mesmo com o exame, Mirielton continuou achando que não era pai da criança.

Lucas Barbosa era o terceiro filho do casal e, a mãe do menino já está grávida de uma quarta criança.

Com informações do G1

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